por um mundo melhor

Todas as pessoas deviam ser obrigadas por lei a trabalhar, no mínimo, um mês em atendimento ao público.

Íamos começar a ser mais simpáticos uns para os outros.

onde é que eu estava com a cabeça...?

Céu, há alguns anos atrás.

Uma fila interminável de almas aguarda pela sua vez para reencarnar. Antes de voltarem à terra, um anjinho pergunta a cada uma delas o tipo de existência pretendida enquanto insere as respostas na base de dados do universo.

Chega a vez da minha.
- Menino ou menina? - pergunta o anjo.
Armada em esperta e esquecendo-se por completo dos horrores que terá de enfrentar, eis que a minha alma responde, tragicamente:

- Menina.

Caros leitores e amigos,
se algum de vós, na próxima vez, estiver ao pé de mim na fila, peço-lhe encarecidamente que tome medidas - drásticas, se necessário - caso tente repetir a gracinha.

lições de vida

Com o passar dos anos a vida vai-nos ensinando lições importantes.

Hoje aprendi duas:

1) O entusiasmo que sentimos ao comprar equipamento informático novinho em folha (um portátil, no meu caso), esmorece sempre quando o tiramos da caixa e temos de instalar uma catrafulhada de aplicações.

2) O Windows não chega aos calcanhares de um Mac.

recomendamos

- O que é que se há-de fazer, após um período heróico a que se seguiu um outro de pouca-vergonha, sofremos a crise periódica de moralidade. Toda a gente é virtuosa. Os homens são íntegros e as mulheres pudicas, o vício refugiou-se noutro planeta, a Lua ou Saturno, os criminosos encolhem as garras. Já não há gangs, nem lupanares. Não devemos regozijar-nos?
- Que porcaria de época! - afirmou Celimene.

Raymond Hesse, Vigaristas, Ladrões & Assasinos (ed. &etc)

E se os criminosos tivessem um Sindicato e resolvessem entrar em greve porque a sociedade não lhes dá o devido valor?

Lê-se numa hora e é uma delícia.

I resent that!

Especialmente por ser verdade.

livros vs filmes

A história é sobejamente conhecida e partilhada por muitos:

Lemos um livro que adoramos, alguém se lembra de o adaptar para filme e ficamos profundamente desiludidos com o resultado - porque o enredo foi hollywoodzado ou porque o nariz de um qualquer actor não é como imaginávamos que a personagem o tivesse.

Mas, e quando é ao contrário?

Quando vamos ver o divinal Edward Norton no papel de um Walter Fane que quase nos faz esquecer o Mr. Darcy... e, ao pegarmos no livro, descobrimos que na história original não é de amor coisa nenhuma?

E quando queremos Hollywood num livro?