terça-feira, setembro 28, 2004

despeça o seu anjo da guarda

A pedido do povo (pronto... do Miguel, que agora também se chama Eduardo :p) aqui estou outra vez. Entre as aulas, o trabalho, o namorado e o modem que morreu, vou fazer os possíveis por "postar" qualquer coisa regularmente.
Entretanto, após mais quatro horas de "TV Cabo boa tarde, está a falar com Marta Tomé, em que posso ser útil" (e de ouvir do outro lado: "Uau! É mesmo a Marta!"), cheguei ao Campo Grande a fim de apanhar o autocarro para casa. No meio das habituais pessoas a distribuir os habituais folhetos, vem-me parar um à mão sobre anjos da guarda. Até aqui nada de novo. Comecei a lê-lo e, qual não foi o meu espanto, ao constatar que a mensagem do dito folheto se destinava a explicar aos comuns mortais que, a razão pela qual nos acontecem coisas "más", é por termos anjos da guarda que já não estão à altura das nossas necessidades. São-nos atribuídos quando nascemos - explicava o folheto - mas, à medida que crescemos, tornam-se incapazes, obsoletos. A solução proposta será, então, uma cerimónia, já com data marcada e tudo, em que o coitado do anjo é deposto do seu cargo e substituído por um anjo mais capaz.
Pergunto-me: será que os anjos também têm fundo de desmprego?

quarta-feira, setembro 22, 2004

vacas

Cadeira: Egípcio Hieroglífico I. Análise da Paleta de Namer, encabeçada por duas cabeças de vaca. "Qual é a ideia que a vaca vos transmite?", pergunta a professora. Ninguém responde. Ela lá nos explica que, desde sempre, a vaca tem sido um símbolo do feminino, fertilidade e maternidade (curiosamente, neste contexto, a deusa Bat, e mais tarde Hathor, simbolizavam também tudo o que estivesse relacinado com o prazer, desde festas, alegria e amor aos prazeres proibidos). Juntamente com Hórus, o deus-falcão, símbolo do masculino, formavam o casal patrono da realeza. Lições à parte, respondam sinceramente... "Qual é a ideia que a vaca vos transmite?" Longe de querer fazer aqui um tratado feminista, pergunto-me porque é que todos os símbolos de deídade feminina adquirem, por norma, conotações negativas - e porque é que essas conotações vão todas parar ao mesmo...? Porque não admitir o feminino e o masculino como forças distintas, sim, mas de igual peso? E porque não voltar o casal-patrono...?

acontece aos melhores....

Pois é... Também eu, que nem sequer faço questão em seguir modas, me rendi ao fenómeno bloguista... Ainda não sei muito bem o que vou fazer com isto, mas é deixar a coisa fluir e ver se leva a algum lado...