Neste momento estou a ouvir uma canção que é mel em fundo preto. Desde que aprendi os números que passo a vida a trocar o 4 e o 7 porque são os dois vermelhos.
Enquanto crescia descobri que o que pensava serem sensações perfeitamente normais, eram recebidas pelos outros com estranheza e deixei de dizer coisas como:
- Quando tiver um filho quero chamá-lo Daniel. Tem um amarelo bonito, não achas?
Só ontem é que soube que esta excentricidade afinal
tem nome, é estudada por neurologistas e partilhada por - que se tenha conhecimento - 10% da população.
E ouço a minha Morana Alta dizer: "Quando pensávamos que não podias ser mais estranha..."